terça-feira, 25 de setembro de 2007



A imprensa que precisamos

Qualquer país precisa de um bom jornalismo. É horrível ficar falando mal de nossa imprensa dia apos dia (embora a crítica seja sempre necessária), já que é por meio dela que nos informamos cotidianamente. É com tais informações que construímos nossas noções de cidadania e desenvolvemos nossas perspectivas de mundo, além das expectativas quanto ao futuro.

Sabemos que a imprensa, por si só, não é a única culpada desse mal-estar que sentimos todos os dias. Os donos dos veículos de comunicação, mais preocupados com uma empresa fabricante de notícias-mercadoria do que com uma empresa que possua credibilidade junto ao seu público, têm grande parcela de culpa nisso.

Assim, ficamos nós desesperados em busca de informações com qualidade, bem apuradas, transparentes. A internet nos ajuda, aqui e acolá pinçamos pérolas a fim de construir nosso conhecimento para além do "efeito-manada" (quando todos os veículos falam da mesma coisa, do mesmo jeito, no mesmo tom, no mesmo período, até enjoar).

Se o leitor quiser aceitar uma dica preciosa de bom jornalismo ligado às questões do cotidiano, recomendo colocar como primeira página de seu computador o site da Agência Brasil.

Numa leitura conservadora e simplória, é a agência de notícias do governo. Mas se você conferir o conteúdo - antes mesmo de se aprofundar, ficando somente nas manchetes - verá que está longe disso. É uma agência do Estado, isto é, recursos públicos oriundos de nossos impostos sendo empregados para produzir uma comunicação cidadã, para todos.

Com leiaute limpo, sem excluir nenhuma mídia e incentivando a participação ativa dos leitores e blogueiros, a Agência Brasil se destaca por exprimir o óbvio: o esquema emissor-receptor do envio de mensagens já era. Nosso contato com tantas mídias desde criança, a presença e a velocidade da internet e suas novidades, faz com que nossa relação com os meios de comunicação não seja meramente passiva. A Agência Brasil compreeende isso muito bem, e respeita seus leitores nesse sentido.

E mais: é um dos pouquíssimos locais da mídia que discute a própria mídia. As políticas de comunicação do governo também, apresentando os pontos de vista contrários e necessários para uma boa informação. E acompanha passo-a-passo os três poderes, numa linguagem acessível.

Sem contar que todo o conteúdo do site é pela licença Creative Commons, isto é, tudo pode ser replicado e baixado, sem ressalvas. E feito com software livre, passando ao largo dos esquemas midiáticos monopolizantes de Bill Gates e Roberto Marinho.

Portanto, trata-se de uma boa notícia: a Agência Brasil faz o jornalismo que o país precisa.

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