A gente tem que espalhar o que há de bom também, né? Uma ONG palestina está organizando uma campanha para que a Copa do Mundo de Futebol de 2018 aconteça em Israel e na Palestina (como em 2002, quando Japão e Coréia dividiram a responsabilidade). Aparentemente, o objetivo é facilitar as conversações rumo à paz entre as duas nações. Para dar força à campanha, querem Pelé como "padrinho" da idéia.
Leia a entrevista do autor da campanha no Globo.com. Há também o site oficial, incluindo mapa dos países com as possíveis cidades-sede e um vídeo promocional.
Graças às agruras do Pan 2007 e da Copa que vem aí, a gente fica meio pé atrás se a iniciativa é séria mesmo ou mais uma idéia para ganhar dinheiro fácil com a paixão dos outros - com uma causa nobre de lambuja. Mas fiquemos atentos, pois são poucos os projetos a reconhecer que a integração universal proporcionada pelo futebol pode influir fora das quatro linhas.
2 comentários:
é uma idéia interessante, mas eu não fico com pé atrás por achar que querem tirar dinheiro - fico com um pé atrás porque suspeito que a trégua de um ou dois meses durante a Copa não daria certo. É uma coisa você juntar dois países que tem uma rivalidade "saudável", como Japão e Coréia, ou Brasil e Argentina. A situação em Israel/Palestina é muito diferente. A ONG não pretende que a Copa traga paz, mas que seja um começo; mesmo assim, acho uma loucura, um risco grande demais para a Fifa, tentar levar torcedores do mundo inteiro para uma região marcada por confrontos cuja solução é tão difícil.
Uma Copa dessas é quase um convite para que grandes organizações terroristas e as facções guerreiras de cada lado façam um atentado que chame bastante atenção. Sei lá, fico na dúvida.
É, a violência terrorista é diferente da que enfrentamos por aqui. Mas espero que pensem na melhor maneira de utilizar o futebol para o diálogo, mesmo sem Copa.
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