quinta-feira, 14 de abril de 2016

Da dor


Você pode dizer que Dilma é turrona, Lula megalômano, Aécio playboy e Marina uma incógnita.

Mas a frieza e a cara de paisagem de Cunha, Renan, Temer e Sarney são assustadoras.

Os pilares do PMDB governam o Brasil desde 1985 e parecem ter formulado, incorporado e dominado um modus operandi operando o Estado brasileiro com traços de psicopatia.

A esquerda delirou ao pensar que andar ao lado deles seria "o possível para governar". Os liberais deliram ao pensar que apoiá-los por ocasião seria um "mal menor".

O câncer não se extingue caso não se extirpe as células mortas.

O paciente sabe que lutar pela vida é encarar um tratamento agressivo, que vai debilitá-lo por um tempo, mas que só assim ficará são.

Os pacientes somos nós, que elegemos e reelegemos o PMDB há 30 anos, legitimando suas práticas e incentivando "genéricos" que seguem a mesma cartilha vitoriosa.

O problema é que pensamos ter apenas um resfriado ou uma dor de cabeça. E que a cada 4 anos haverá um remédio milagroso que vai eliminar tais sintomas definitivamente.

Quando se morre de falência múltipla dos órgãos, não se sabe mais ao certo como tudo começou, ou o que deu a agulhada final.

Seja qual for o desfecho da mais recente saga brasileira, espero que todos (eleitores e futuros políticos) aprendamos essa dura notícia que as frequentes biópsias nos trazem - mas que teimamos em não admitir, sequer abrindo o envelope com o exame. E depois, com raiva e em horrendas dores, botamos a culpa em tudo, menos em nossas escolhas.

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