segunda-feira, 28 de maio de 2007
Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?
(Renato Russo)
sexta-feira, 25 de maio de 2007
A Câmara Municipal aprovou na terça-feira (22/05) requerimento, apresentado por Eliomar e assinado por mais 16 vereadores, de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar indícios de irregularidades nas obras, nos equipamentos e nos contratos firmados pela prefeitura do Rio para os Jogos Pan-Americanos.
Há fatos preocupantes, divulgados pela imprensa e relatados pelo acórdão 282 do Tribunal de Contas da União, que exigem uma investigação: a construção do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, prevista inicialmente em R$ 166 milhões, já consumiu cerca de R$ 400 milhões, teve mais de 20 aditamentos ao contrato, e ainda não está finalizada; em função do atraso das obras, alguns serviços acabam sendo feitos sem licitação e, portanto, sem um procedimento administrativo adequado que garanta a lisura das operações.
Além disso, as metas estabelecidas na Agenda Social do Pan não foram cumpridas. Por tudo isso, é preciso investigar se houve má administração dos recursos públicos por parte da prefeitura. Caso isso tenha ocorrido, o processo será enviado ao Ministério Público para que sejam tomadas as providências cabíveis. A CPI deverá ser instalada na próxima semana e terá 120 dias para apresentar seu relatório final.
(da newsletter do Mandato Chico Alencar - www.chicoalencar.com.br)
Este blog está acompanhando criticamente o Pan 2007. Vide post anterior.
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Os médicos também são capitalistas. De que adianta "sair voado" do trabalho, mais cedo que o normal, se ao chegar ao consultório na hora marcada há cinco pessoas na minha frente, devido ao atraso de consultas anteriores? Acontece que sempre que vou lá é assim, o que me permite a suspeita: quanto mais consultas, melhor. Qualquer atraso, o paciente espera! Absurdo, como muitas das buscas pelo lucro máximo.
Pois eu é que não fico lá esperando. Daqui a uma hora eu volto, e me mando pra Cobal do Humaitá em busca de um crepe e um mate limão.
E vem a cena.
60 e mais anos, camisa pra dentro da calça, barriguinha "aerodinâmica" dos chopinhos em vida. De cabeça erguida, olhos fechados (só se abriram para fixar algum ponto específico, lá no alto), braços abertos como se recebesse uma bênção divina. Ao redor, o estacionamento da Cobal, as pessoas passando e ele, concentrado.
Não demorou e veio o sinal-da-cruz, três vezes, todos terminando com 3 beijos nos dedos que vão à mão, após o Amém.
Então percebi: o ponto específico, lá no alto, era o Cristo Redentor.
Porém, mais do que entender, vi a fé. Se ela pudesse se materializar, seria naquela cena. Cadê o templo? Não havia. E o constrangimento por tal postura em público? Também não existia. Afinal, por que se envergonhar de sua fé?
Ele também não estava ali para dar espetáculo. Terminou seu momento de fé (após uma última e igualmente feliz contemplação do Cristo, ainda com os braços abertos, "em bênção"), e seguiu Cobal adentro.
Do jeito que foi a cena, não arrisco dizer que logo após ele "voltou à vida", como se antes estivesse em transe. Não, ele seguiu o curso normal de seu cotidiano, do qual a fé parece fazer parte significativa. A ponto de ser tão natural um momento daquele em público, como andar devagar ou usar camisa pra dentro da calça.
Vi a fé, pois ela não precisa de um aparato específico para ser exercida, simplesmente é espontânea e sincera. Como naquela cena. Acontece.
Vi a fé, graças ao capitalismo.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Câmara aprova aumento dos salários na surdina
Tá na cara... de pau.
Na foto, Inocêncio (?????????????) Oliveira, deputado DEMoníaco de Pernambuco
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Parece que é sério. Está em curso uma reforma da língua portuguesa que traria mudanças, a fim de unificar o idioma nos países lusófonos em todo o mundo. Com todas as vantagens que isso pode acarretar (dicionário único, economia devido a uma ortografia apenas), vai soar estranho. Acentos como o circunflexo, o popular "chapeuzinho", podem ser extintos. Palavras como "vôo" virariam "voo", por exemplo. Credo!
Mas nada é mais trágico do que a extinção do trema. Tão simpático, por que ser extinto? Há quem não sinta a menor afeição por ele, e dá graças pela reforma. Mas tem o seu charme. Finalizamos a palavra com todo esforço e pingamos dois pontos flutuantes em cima do U, e c'est fini, feito uma cereja no bolo recém-confeitado. Esteticamente, cumpre o seu papel com fineza.
O trema não faz mal a ninguém. Sua regra não é confusa, e não disputa lugar com outros acentos. É só no U, e acabou. É discreto, simples, fácil de grafar e administrar. Por que a implicância com ele? Pois devia ser aplicado em Portugal, Angola, Macau e demais plagas de lusa fala. Seria uma demonstração diplomática de boa vizinhança. E sem grandes custos: apenas um pouquinho de tinta espetada no papel. Ou melhor, dois pouquinhos.
Não vou mais comer cachorro-quente com lingüiça, escrever com freqüência, ver a seqüência de vitórias do Mengão, ou ler tranqüilamente. Conseqüentemente à reforma, não haverá mais conseqüencias.
segunda-feira, 7 de maio de 2007
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Essa é pra quem é maluco por futebol ou simplesmente quer acompanhar as campanhas de times que dificilmente estarão na mídia comum. O Tribuna da Bola vai te informar sobre o cotidiano de clubes obscuros ou ex-famosos que sim, existem, e fazem a alegria de alguns poucos torcedores. Criado pelo Claudio Burger e pelo Stefano Salles, que já estão sendo reconhecidos profissionalmente pelo trabalho.
Não é nada, não é nada, mas você pode acompanhar como anda o time do seu bairro que há tempos não desponta no cenário nacional. Pode-se saber, por exemplo, que o Rubro, de Araruama, não vai nada bem, ou que o São Cristóvão perdeu para o Profute (isso mesmo, Profute), mas segue vice-líder. Até o CFZ, time de Zico, aparece na cobertura. Trabalho de primeira sobre a segundona e a terceirona cariocas.