"Um tiro em Copacabana é uma coisa. Na Favela da Coréia, é outra", diz o secretário de Segurança Pública do Rio, José Beltrame
Consumo de drogas é maior entre a classe A, diz pesquisa da FGV
Sem mais para o momento.
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ESCOLHA OS 10 MELHORES TEXTOS DO LESSA27
A votação prossegue. Você indica 3 textos preferidos. Se ficou difícil achar data e título, pode indicar dizendo o assunto (não muito geral, como "mídia", já que seria impossível identificar de qual você está falando).
Mande para lessa27@yahoo.com.br até o dia 5 de novembro. Um dos brindes a serem sorteados entre os participantes será uma camisa oficial do blog!
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
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quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Zico. E ponto.
Fim do treinamento do Fenerbahce, o goleiro titular Volkan se aproximou do apoiador Alex, com que se preparava para treinar cobranças de falta, na entrada da área e perguntou, a meia-voz:
- Esse "cara" era mesmo tudo que falam dele como jogador? E ainda batia falta como dizem?
O "cara" era Zico, o técnico. Alex apenas sorriu e, depois que a barreira estava armada e as cobranças iam começar, chamou o treinador, propondo-lhe que entrasse no exercício.
- Aproveita as 5 primeiras, por que ele vai "esquentar" o joelho... - sussurou para o goleiro.
E Zico, de fato, bateu as 5 primeiras calibrando a pontaria: uma por cima, outra na mão do goleiro, outra na trave, etc. A partir da quinta, avisou:
- Agora, tá valendo.
E começou a sequência de bolas num ângulo e no outro, para desespero, não somente de Volkan, o titular, como também de Serdar e Nercat, os reservas, que não conseguiram pegar uma sequer.
Diante do espanto e da admiração do Trio, o "Galo" apenas sorriu:
- Nas primeiras, preciso aquecer, já que "carro velho" é fogo! Mas em compensação, depois que pega vai embora...
(Fonte: Coluna de Renato Maurício Prado, do Globo)
- Esse "cara" era mesmo tudo que falam dele como jogador? E ainda batia falta como dizem?
O "cara" era Zico, o técnico. Alex apenas sorriu e, depois que a barreira estava armada e as cobranças iam começar, chamou o treinador, propondo-lhe que entrasse no exercício.
- Aproveita as 5 primeiras, por que ele vai "esquentar" o joelho... - sussurou para o goleiro.
E Zico, de fato, bateu as 5 primeiras calibrando a pontaria: uma por cima, outra na mão do goleiro, outra na trave, etc. A partir da quinta, avisou:
- Agora, tá valendo.
E começou a sequência de bolas num ângulo e no outro, para desespero, não somente de Volkan, o titular, como também de Serdar e Nercat, os reservas, que não conseguiram pegar uma sequer.
Diante do espanto e da admiração do Trio, o "Galo" apenas sorriu:
- Nas primeiras, preciso aquecer, já que "carro velho" é fogo! Mas em compensação, depois que pega vai embora...
(Fonte: Coluna de Renato Maurício Prado, do Globo)
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domingo, 14 de outubro de 2007
5 anos de blog!
Pois é... Eu sabia que a data festiva aconteceria em outubro, mas não lembrava o dia certo. Em 14 de outubro de 2002 adentrei a blogosfera. De lá pra cá, foi um aprendizado atrás do outro, além de uma curtição como só a internet pôde me proporcionar.
Explico: no segundo semestre de 2002 estava há 7 meses como escriturário do Banco do Brasil, concursado e desgostoso com aquele emprego. Estava na metade da faculdade de Comunicação Social, na UFF. O salário era bom e veio em boa hora, mas os chamados do jornalismo e da escrita vociferavam dentro de mim. E aquilo foi demais para ambos: trabalhar em banco, cercado de números, com o objetivo máximo de vendas? Tortura, masoquismo, sei lá.
Hoje, olhando pra trás, não faria o concurso. Mas é inegável que ter sido exposto a condições tão agudas de distanciamento entre profissão e realização pessoal ajudou a confirmar minha vocação maior. Pensava: "isso não é pra mim". E se não é o que eu quero, já me ajuda a descobrir o que quero. Apurar, escrever, opinar, publicar, ser ouvido, interagir, intervir, não me omitir.
Quem me deu o primeiro gostinho de tudo isso foi o blog. O meu espaço, disponível a todos que soubessem o endereço, minhas idéias publicadas - ou seja, a público - e chegando a todos, mesmo que não me conhecessem. (Antes de outubro de 2002, a experiência mais próxima que tive disso foi a "Crônica semanal do Lessa": toda segunda uma nova crônica, encaminhada para a minha lista de contatos no recém-descoberto mundo da internet.)
Comecei com dicas culturais, um ou outro pitaco político e comportamental. Mas foi em março de 2003, com o post A guerra é show, que teve início uma nova fase do Lessog - o blog do Lessa (antigo nome). Os artigos opinativos que pulsavam nas artérias saíam "na veia", com a preocupação de estarem fundamentados em fatos e informações confiáveis, para não ludibriar o leitor.
Creio que os temas mais abordados foram mídia, comportamento e cultura. Mas não nego que também faço parte da "umbigosfera": falo de mim e de minhas reflexões pessoais, na necessidade de me ler enquanto escrevo, de desabafo, catarse, vontade de botar a boca no mundo sem ser um chato (uma vez que minhas palavras se circunscrevem a meu blog). Verissimo já disse que escreve, antes de tudo, para si mesmo. Depois para os leitores. Acho que é por aí.
Em 2005, perto de me formar e conseguir o diploma de curso superior, decidi: era hora de sair do banco. Hora de me sustentar com a Comunicação (já pensava em casar...), e observando as opções do mercado de então, vi que era hora de tentar um novo concurso. Mas somente na área de Comunicação.
Estudei, recusei uma promoção no banco, botei meu blog no currículo. Fiz seis concursos, passei em um, para o qual fui chamado em junho de 2006. Em julho já estava empregado: Comunicador Social - Jornalista. Essa é a minha profissão. Fiquei lotado num lugar ideal graças a meu blog - o currículo foi observado e, segundo relatos confirmados por várias fontes, fui "disputado" por outros setores após conferirem a qualidade dos meus textos publicados.
Muito mais que um orgulho, a experiência me mostrou o que realmente importa: viver pela fé, como diz a Bíblia, e investindo no que você gosta. Nada de romantismo vazio e barato, é trabalho duro com os sonhos por timoneiros.
E o Lessa27 (nome atual) faz cinco anos com muita história contada, muitas pra se contar, com a promessa de virar livro um dia (já tenho o título). Fico feliz de ter essa estrada, e mais feliz ainda por ter com quem compartilhar isso. No caso, você, que se deu ao trabalho de acessar este endereço e ler até aqui. Sou mais do que agradecido. Sou realizado.
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ESCOLHA OS 10 MELHORES TEXTOS DO LESSA 27!
Você vota em 3 textos. Pode ser do que vc lembrar, ou pode pesquisar o arquivo do Lessa27, à direita no blog. E escrever para lessa27@yahoo.com.br com suas indicações.
A equipe do blog (eu e uns colaboradores informais) está providenciando brindes para serem sorteados entre os que responderem!
Portanto, você tem até o dia 05 de novembro pra enviar seus votos. É preciso informar o título do texto/post e a data, para ajudar na localização dos mesmos.
Participe! E envie para lessa27@yahoo.com.br!
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terça-feira, 2 de outubro de 2007
A agonia do encontro
"Um amigo querido, Hugo Assmann, faz anos, me disse com um sorriso: ‘Rubem, faz anos que você fala sempre sobre a mesma coisa’. É verdade. Não importa sobre o que eu esteja falando: eu falo sobre o tema que enche minha alma de alegria." E ele prossegue numa satisfação empolgada de quem se encontrou, sem volta.
"A vida é composta como uma partitura musical. O ser humano, guiado pelo sentido da beleza, escolhe um tema que fará parte da partitura da sua vida. Voltará ao tema, repetindo-o, modificando-o, desenvolvendo-o, transpondo-o, como faz um compositor com os temas de uma sonata. O homem, inconscientemente, compõe sua vida segundo as leis da beleza, mesmo nos instantes do mais profundo desespero" (Milan Kundera)
Essa é a epígrafe de um texto maravilhoso do educador Rubem Alves (foto), onde ele discorre sobre sua relação com o ato de educar - o seu diamante, correspondendo ao texto de Kundera - e como isso o arrebata para a vida. Em seus artigos o tema é recorrente, e ele explica o porquê desse retorno contínuo ao tema:
"Um amigo querido, Hugo Assmann, faz anos, me disse com um sorriso: ‘Rubem, faz anos que você fala sempre sobre a mesma coisa’. É verdade. Não importa sobre o que eu esteja falando: eu falo sobre o tema que enche minha alma de alegria." E ele prossegue numa satisfação empolgada de quem se encontrou, sem volta.
Veio o nó na garganta quando li o artigo. Minha relação com Comunicação e Jornalismo é praticamente a mesma. Até algumas analogias são parecidas. Não sei se você já sentiu isso antes, mas é como se uma espada surgisse na tela do seu computador e subitamente te atravessasse até o encosto da cadeira. Sem chance de reação.
Vem então aquela agonia de estar sendo transpassado pela confirmação do "tema" da "partitura" da sua vida. Paradoxalmente - e cada vez mais eu aprendo que a vida é cheia de paradoxos, e que isso não é necessariamente ruim - é uma boa agonia. É a agonia do encontro, saciando sedes que você nem sabia que possuía.
Desejo a agonia do encontro a meus amigos e inimigos. Que todos sintam o prazer de descobrirem o diamante de sua existência, e não se percam em mesquinharias mundanas que só nos afastam do agonizante divisor de águas. Agonia benfazeja, renovadora. Incômodo bem-vindo, pra que a gente não se distraia do principal.
Como é bom dar as mãos ao principal. No meu caso, as mãos teclam, abraçam a Bic, digladiam-se com a tendinite e rompem as barreiras que a agonia me ajuda a desancar.
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