Somos gaiatos no navio
As barcas para Niterói são um escândalo desde antes de 2000, quando ingressei na UFF para estudar jornalismo. O serviço ficava pior ano após ano.
Recentemente, o superintendente das Barcas S/A, Flavio Almada, declarou sem pudor: se os passageiros não aguentassem esperar na fila pra embarcar, que pegassem ônibus.
A sócia majoritária do consórcio que administra a Barcas S/A é a Auto Viação 1001. O Extra chama isso de ironia, mas é bandidagem canalha mesmo. E legalizada.
É no mínimo curioso: em determinado momento o Estado admite que não consegue dar conta do serviço das barcas. Diante disso, faz uma concessão pública para que um consórcio administre o serviço, teoricamente fiscalizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos.
O consórcio que vence possui um declarado conflito de interesses, conforme apontado acima. Mas vence assim mesmo. Agora, assumindo sua incompetência na gestão do serviço (sem nunca deixar de aumentar as tarifas), o consórcio ainda recebe uma bolada... do Estado.
As raposas tomaram conta do galinheiro, extrapolando todos os limites do cinismo. Obrigado, eleitores de Sergio Cabral.
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