quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Certamente

Imagem: Jonathan Mak

A morte de Steve Jobs me fez conhecer mais sobre o cara do que em vida. Não é um fenômeno raro, já deve ter acontecido com você. É que só há pouco tempo tenho adentrado com mais afinco e interesse o mundo das tecnologias de comunicação. Aí, ler essa entrevista do hômi (de 1986!) e ver o que o cara fez depois é de cair o queixo.

Quando a notícia da morte foi anunciada por um colega da pós-graduação, a reação de todos foi de um "ah... que pena". Não havia tanta surpresa, já que Jobs sofria de um câncer tão terminal que o fez abrir mão do comando da Apple. Mas era aquilo, todo mundo queria que ele continuasse com suas ideias transformando o nosso mundo e as nossas vidas. (Não me julgue exagerado, se você usa um computador e um celular, deve tributos ao cara).



Uma matéria do Valor destacou que o período mais produtivo da carreira de Jobs foi no fim da vida, com a sequência de iPod, iPhone e iPad. O que é um consolo para todos nós. A despeito do que o capitalismo nos diz, a vida não se resume à nossa juventude.

E Jobs ainda me fez refletir em outra coisa: vivemos cheio de dúvidas e incertezas todos os dias. O que será de mim? Com quem vou ficar? Que emprego vou ter? Como serão meus filhos? Na vida, só temos uma única e absoluta certeza: a morte. Ela vai acontecer, a despeito de quem você é, pensa ou crê.

Por que, nessa vida angustiada pelas dúvidas, a única certeza existente não nos consola? Talvez porque o outro lado ainda seja um desconhecido? Bom, para os crentes de muitas espécies isso é amenizado.

Mas a certeza da morte carrega consigo a incerteza temporal: quando vai ser a minha vez? Ninguém sabe.

Então tenho que me curvar à gravação sensacional de William Shatner (vídeo abaixo) e olhar para caras como Steve Jobs. Como se viu na entrevista de 1986 e nos anúncios de seus produtos revolucionários, o entusiasmo é peça-chave. Não há tempo a perder.

 
ATUALIZAÇÃO: Só agora, horas depois de escrever, me deparei com esse discurso de Jobs. Principalmente a partir dos 9 minutos, tem tudo a ver.

6 comentários:

Anônimo disse...

"Não gaste vivendo a vida de outra pessoa"

Marcos André Lessa disse...

Se o Anônimo acima acha que quero viver a vida de Steve Jobs, está enganado. O que deixei claro no post foi que a vida dele serve de inspiração para as minhas próprias realizações.

Pode se identificar da próxima vez, viu?

Louise disse...

Sei não, mas acho que o anônimo nem quis fazer uma gracinha sem graça: esse é um trecho de uma frase do Jobs. "O seu tempo é limitado, então não gaste vivendo a vida de outra pessoa" - ou estou enganada?

De qualquer maneira, admiro Steve pelos avanços que proporcionou e pelos produtos que ajudou a criar - mas, acima de tudo isso, por ter dado a oportunidade a um grupo igualmente admirável e fantasticamente criativo a oportunidade de falar ao mundo. Obrigada, Steve, pela Pixar.

Marcos André Lessa disse...

Sim, é uma frase do discurso dele. Mas sei lá, só postar essa frase anonimamente, sem nenhum comentário adicional, achei estranho, pareceu indireta. rsrs

Detalhe q só com a morte dele eu soube q o cara tb inventou a Pixar... Caramba!

Louise disse...

Opaaaa! Ele não inventou a Pixar, caro Lessa. Ele só financiou - ou seja, foi fundamental na história do estúdio, mas passou longe de inventar a Pixar. ;)

Marcos André Lessa disse...

Blz, obrigado pela correção!