quinta-feira, 12 de junho de 2003

Nostalgiazinha...

Esse é da época em que eu fazia poemas... VELHOS tempos! Porém bons.

Entendimentos – 30/11/98

O que leva as pessoas
A desprezarem o amor?
Como podem
Numa inversão de prioridades,
Cuspir num sentimento
Que compete com a perfeição
E produz carinho e afeição
A todos em redor?

Como podem,
Num brusco momento,
Pegar o amor pela gola da camisa
Jogá-lo na poça de lama
Pisar em sua nuca
Quase afogando-o
Naquele centímetro de espessura
De um lodo nada afetivo?

E pôr em seu lugar
Sentimentos reprovados
Na alfabetização da vida
Sentimentos que nada produzem de bom
Apenas uma boa quantidade
De amargura e azedice
E matérias-primas
Para uma tinta chorosa

E o amor fica lá, sujo
E quem o levanta e insiste
Na sua recuperação absoluta
É absolutamente ferido
Açoitado por uma realidade imposta
Nem aí por ser questionada
Mas que segue empurrando o amor
Ladeira abaixo

O egoísmo, em sua solitária assistência
A vingança, um acerto de contas
A dever sempre
E a cobrar de quem tem ficha limpa
Amor, declare-se vencedor!
A vantagem é sua, não percebe?
Eu percebo
Claramente

Tais sentimentos chafurdam para seu sujo fim
Possuem colaboradores e situações idem
Mas o amor jamais acaba
Mesmo com todos contra ele
(Quase todos)
Ele segue sempre sabendo-se são
O desprezo do amor
É pisar conscientemente em brasa viva.

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