terça-feira, 8 de julho de 2008


Mais um João

Primeiro João Hélio, agora João Roberto. Em ambos, a violência gratuita. No caso do segundo João, a polícia que primeiro atira, depois pergunta.

O repórter Dimmi Amora pontuou muito bem a situação: o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, é responsável por esse crime. Em novembro de 2007, em plena ofensiva no Complexo do Alemão, o dito cujo vaticinou:

"A polícia está num confronto permanente. Confronto gera estresse. Não tem outro caminho. Não tem." (revista Piauí, 3a. página da matéria e também em áudio)

Essa é a direção que a polícia militar do Rio recebe e continuará recebendo. Essa é a mentalidade com a qual boa parte da classe média carioca se identifica. Até morrer um pequeno João Roberto, morador da Tijuca.

É tarde demais, outro morreu após a necessidade de "confronto permanente". Investigação prévia, qualificação do policial? Necas. Essa classe média também se lixa pros policiais, são meros "lixeiros humanos". Até morrer um pequeno João Roberto, morador da Tijuca.

E enquanto morrem os Joões, elegem Sergio Cabral, que indica um Beltrame.

CHEGA DE SER CONIVENTE COM ESSA POLÍTICA DE GUERRA CIVIL UNILATERAL.

CHEGA DE APOIAR GOVERNADORES QUE MANDAM A POLÍCIA MATAR, E NÃO PENSAR.

CHEGA DE POLÍCIA DESPREPARADA, MAL PAGA E QUE SERVE DE BODE EXPIATÓRIO NA HORA DA TRAGÉDIA.

É hora de uma oposição ferrenha a esse tipo de gente que quer estragar o nosso estado pensando numa minoria. Verdadeiros mandantes de assassinatos premeditados, de tanto que sabem dos riscos de acontecer uma operação como a que matou João Roberto. Ao menos, nessa lógica do confronto acima de tudo.

Sergio Cabral e Beltrame: cínicos, incompetentes e insensíveis. "Cadê o bandido?", perguntaram os policiais à família, após o ataque. Estão logo ali, em Laranjeiras.

Nenhum comentário: