quinta-feira, 26 de abril de 2007

Luto

O luto é necessário. A perda traz impacto fulminante, é impossível prosseguir do mesmo jeito no dia seguinte a ela. A imunidade emocional vai lá embaixo, e a metáfora biológica se aplica em todos os aspectos. É preciso convalescência.

Ao mesmo tempo, o luto tem um dado curioso, mesmo em suas expressões mais tradicionais: possui um período. Um dia, mais ou menos de acordo com a dor referente, foram estipulados vários períodos de luto. Luto oficial de três dias, uma semana. Algumas viúvas já ficaram enlutadas por um, três ou sete anos!

Mas é um período determinado. Ou seja, existe a necessidade de se viver o luto, e também a necessidade de que ele termine. E isso algum dia foi programado, pensado, planejado. Precisamos estar cientes, e buscar essa mentalidade: o luto é essencial após as perdas, mas deve terminar. Do contrário, ficamos estagnados. Fim do luto é recomeço da luta.

Não sejamos frios pensando que todo luto tem um período e ponto final. Cada um no seu tempo, mas com a consciência de que ele tem que acabar a tempo da vida seguir.

Pequenos grandes aprendizados do cotidiano.

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